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Guia de carreiras: veja as opções na área de Tecnologia da Informação

03 de janeiro de 2020

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A Tecnologia da Informação vem abrindo boas perspectivas de trabalho para os profissionais brasileiros. O mercado de TI tende a revelar percentuais mais altos no país em relação ao ano de 2018. O setor de Telecom, por outro lado, sofreu retração de 0,3%. De qualquer modo, as expectativas são que Telecom e TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) se desenvolvam em conjunto na construção de um sistema unificado.

As empresas caminham na busca de uma TI flexível, considerando os aspectos operacionais e de custos também. Alguns dos investimentos mais comuns em Tecnologia da Informação estão em IoT (Internet das Coisas), Cloud Computing (Computação na Nuvem) e Inteligência Artificial. Neste post, mostraremos as opções de carreira em TI!

1. Mercado de trabalho em TI

O estudo chamado “Achados e Recomendações para Formação Educacional e Empregabilidade em TIC” apresenta um cenário cheio de oportunidades para trabalhar no setor. Também oferece indicativos de gargalos, fala sobre as habilidades mais requeridas no âmbito industrial, sobre a diversidade na área e as expectativas em relação à quantidade de graduações. Confira os principais pontos tratados no estudo:

1.1 O deficit da mão de obra

Atualmente, há 845 mil empregos no setor de TI e de comunicação em nosso país. A maioria desses empregos está em São Paulo, a maior metrópole do país. A procura por novos profissionais projetada entre 2019 e 2024 está em torno de 70 mil profissionais. Contudo, somente 46 mil pessoas se formam anualmente com o perfil compatível para suprir essa demanda.

De todos os graduados, o curso com maior nível de finalização (os alunos entram e concluem o curso) é o de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, com um percentual de 32%. Em segundo lugar, vem o curso de Sistemas de Informação com um percentual de 20%. Em seguida, vêm os seguintes cursos:

Os 5% que restam envolvem outras graduações, como Engenharia de Telecomunicações e Banco de Dados.

1.2 Os gargalos e os incentivos

Quando analisa a taxa de evasão universitária, o estudo identifica que a maior fatia de alunos que deixa o curso (total de 26%) ocorre em casos em que os estudantes que frequentam faculdades privadas sem contar com incentivos como ProUni e Fies. Quando os estudantes podem contar com, pelo menos, algum desses benefícios, a taxa de evasão diminui pela metade.

Nas situações em que os estudantes fazem uso de alguma modalidade do ProUni, a desistência cai para 9,8%; , nos casos em que contam com FIES, a taxa cai para 9,7%. Como solução para manter o índice de evasão baixo, o estudo apresenta a concessão de bolsas de estudos e os estímulos à contratação dos estudantes.

1.3 As habilidades desejadas

O relatório também revelou que especializações do setor de Tecnologia de Informação e Comunicação serão mais demandadas em médio e em longo prazo, conforme a capacitação de cada profissional. Temos os desenvolvedores mobile (programação em linguagem Java e conhecimentos de Agile, Design Thinking, UX e Full Stack), computação na nuvem (conceituação e aplicação em virtualização de máquina, AWS, Azure), Data Analytics (conhecimentos em gestão da informação, Big Data e Ciência de Dados), segurança cibernética (entendimento do nível básico até o nível avançado), inteligência artificial (habilidades com redes neurais, aprendizado de máquina, algoritmos avançados e computação cognitiva).

1.4 A representatividade desproporcional

Uma situação que ainda é comum no país é o baixo percentual de negros e de mulheres que trabalham com tecnologia quando comparado à média. Conforme a pesquisa, 37% do público estudado é formado por homens brancos; em seguida, vêm as mulheres brancas, com percentual de 22%; os homens negros ou indígenas (19%); e, finalmente, as mulheres negras, pardas ou índias (11%).

1.5 As perspectivas para o futuro

Considerando o total de estudantes do Ensino Médio regular e profissionalizante, bem como do Ensino Superior, as expectativas em relação a 2024 são de 229 mil alunos formados e cerca de 126 mil profissionais em alguma área de TIC.

No ano de 2017, aproximadamente 77 mil estudantes receberam diploma e 26,6 mil encontraram trabalho na área. Vale lembrar que, embora o estudo não tenha se aprofundado no tema, ainda que certos profissionais da carreira de TI não tenham diploma, a pesquisa confirmou que eles também são contratados por outras indústrias.

2. As tendências tecnológicas no mercado corporativo 

Para quem já está engajado ou pretende se engajar na carreira de TI, é importante conhecer as tendências tecnológicas no mundo das empresas. Vamos citar aqui as mais importantes.

2.1 Big Data e Analytics

Para aproveitar a totalidade dos dados disponíveis, é necessário que as empresas aprendam a transformar a elevada quantidade de insights em efetivas vantagens competitivas. A tendência é que as informações produzidas pelos canais físicos e virtuais sofram uma gradativa expansão. A finalidade é o enriquecimento de dados por meio de uma avaliação profunda e preditiva, o que resulta em vantagens em processos que abrangem desde o desenvolvimento de produtos inovadores ao relacionamento pós-venda com os clientes.

Big Data e Analytics são dois conceitos importantes porque, para que se conquiste o êxito na análise de dados, o profissional depende fundamentalmente da tecnologia. É necessário investir em equipamentos, em conhecimentos técnicos, em adotar uma cultura consolidada de acompanhamento, manutenção e implementação dos serviços, contando com parceiros para dar suporte à transformação digital nos meios corporativos.

O Big Data é famoso por conseguir coletar e armazenar um volume surpreendente de dados de diferentes fontes, incluindo as redes sociais, onde existe muita informação sobre assuntos diversos. O Analytics, por sua, vez é um conjunto de ferramentas que permite fazer uma análise aprofundada desses dados, classificando-os, tornando-os mais compreensíveis, ou seja, permitindo que sejam interpretados como efetivas informações que podem ser valiosas para as empresas.

2.2 A computação na nuvem

A computação na nuvem, ou Cloud Computing, foi um dos marcos pioneiros da transformação digital. Ela já é uma fonte importante de redução de gastos e de melhoria dos recursos tecnológicos para as empresas. A tendência é que as empresas analisem que tipo de informação pode e deve ser guardada fora da própria organização, fora de sua rede interna.

Dessa forma, fica garantida a segurança e a integridade aos aspectos que mais exigem proteção. Nesse contexto, as empresas poderão escolher infraestruturas híbridas, ou seja, algumas informações ficarão armazenadas em ambientes online e outras em sistemas in-house.

2.3 A cultura Data-driven

As empresas intensificarão a utilização de dados para planejar e traçar estratégias para todos os setores. A cultura baseada em dados promove o monitoramento em tempo real das fontes de informação mais relevantes. Isso se aplica tanto em atualizações no desempenho do lançamento de produtos e serviços novos quanto no direcionamento de processos-chave.

Para compreender melhor as interações com o público, as organizações precisarão de habilidades mais robustas na avaliação dos dados. Assim, a utilização do Analytics faz toda a diferença na criação de novas jornadas em que o consumidor tem suas necessidades antecipadas e resolvidas logo. Também permite a identificação e correção de pontos de fricção.

Uma empresa mais inteligente e Data-driven consegue realimentar o negócio com dados e insights, desenvolvendo uma cultura de valor cujo foco está no cliente.

2.4 A Internet das Coisas (IoT)

A carreira de Tecnologia de Informação está muito associada à IoT. A tendência predominante da Internet das Coisas torna-se mais evidente com o passar do tempo. Consiste na forma como os elementos físicos estão em conexão consigo mesmos e com os usuários, usando softwares e sensores inteligentes que enviam os dados para uma rede. Podemos comparar a um complexo sistema nervoso que permite a troca de informações entre dois ou mais pontos.

Nas empresas, a Internet of Things, como é chamada em inglês, pode oferecer vários benefícios, entre os quais:

2.4.1 A otimização dos dados

Uma empresa que tem diversos dispositivos conectados possibilita a coleta de dados importantes em tempo real, como churn rate (desistência de clientes), ticket médio, estatísticas de vendas, alcance de metas, performance dos equipamentos, rotas logísticas e assim por diante.

Vários dispositivos podem ser conectados à IoT, como Big Data, data Analytics, Data Science e outros, melhorando o nível de competitividade à medida que aproveita as oportunidades do mercado.

2.4.2 O controle remoto das operações

O profissional pode efetivar o controle remoto das operações com a ajuda de plataformas de IoT conectadas a uma rede interna com acesso à internet para a troca de informações. Dessa forma, pode-se controlar externamente os processos e as operações de forma remota. Não é preciso que o gestor permaneça na empresa para o acompanhamento das operações e da performance dos equipamentos, pois os softwares podem coletar e centralizar os dados.

Não é necessário verificar continuamente os equipamentos porque os sensores de IoT indicam a necessidade de manutenção ou de funcionamento imprevisto. É possível também enviar comandos externos aos equipamentos, pedindo informações ou passando orientações sobre alterações no comportamento da máquina.

2.4.3 A automação inteligente

A conexão em IoT permite a alimentação de sistemas de Big Data, data Analytics, Data Science, Business Intelligence e promove uma troca de informações importantes. Desse modo, uma linha de produção pode trabalhar automaticamente e com inteligência, atuando de forma coordenada para assegurar eficiência máxima e retificar situações que exigem correção imediata.

Considere, por exemplo, que a produção desacelere devido a um problema em um equipamento. Os outros equipamentos recebem essa informação e também reduzem seu ritmo, mantendo a continuação das operações no mesmo compasso, sem interrupções.

2.4.4 Outros benefícios da IoT

Além desses, outras vantagens oferecidas pela Internet das Coisas são:

2.5 A Inteligência Artificial (IA)

A aplicação da Inteligência Artificial tende a aumentar exponencialmente. Isso é perceptível principalmente nas assistentes virtuais, personalizadas e onipresentes para os consumidores. Os sistemas inteligentes são impulsionados pelo desenvolvimento das soluções de Machine Learning (ML) e da análise preditiva.

As empresas podem, dessa maneira, oferecer opções mais versáteis e completas para o desenvolvimento de produtos e até a satisfação dos clientes. A IA pode ser aplicada no planejamento e na estratégia de vendas porque conseguem mapear o histórico e as preferências de cada cliente. As empresas podem fazer levantamentos mais precisos, balanços mais analíticos e conquistar desempenhos mais consolidados.

A IA também é responsável pelo aparecimento de robôs, drones, veículos autônomos que têm diferentes aplicações no mundo dos negócios e na sociedade em geral, como a prevenção de crimes com robôs de patrulha autônomos, a agricultura avançada, os meios de transporte mais seguros e assim por diante.

2.6 As outras tendências

As pessoas que desejam seguir a carreira de TI devem estar a par de todas as tendências tecnológicas. Por isso, citaremos ainda outras tendências que se afirmam no cenário nacional e mundial:

3. Áreas e profissionais mais procurados na área de TI 

Depois de toda essa explanação sobre as tendências tecnológicas e o mercado de Tecnologia da Informação, convém que você, interessado em seguir carreira em TI, conheça as áreas mais promissoras e as profissões em alta. Confira os profissionais de Tecnologia da Informação mais solicitados ultimamente e suas médias salariais:

3.1 Desenvolvimento de softwares

O profissional desenvolve ou realiza manutenções e otimizações de softwares em sistemas diversos. Ele deve ser especialista em programação. Na maioria das vezes, são profissionais que têm especialização em uma linguagem de programação e atuam em um nicho do mercado. Sua média salarial é de R$ 5 mil a R$ 15 mil.

3.2 Projetos de ERP

Esse profissional levanta requisitos, mapeia processos, modela dados, estuda e desenvolve sistemas conforme regras de negócio, resolve bugs, revela possíveis soluções, treina usuários, cria documentos. Seu salário varia entre R$ 2 mil e R$ 9 mil.

3.3 Segurança de dados

O profissional garante a segurança no armazenamento dos dados e nas transações online, minimizando riscos e otimizando a proteção contra diferentes ameaças, inclusive ransomwares, ao mesmo tempo em que maximiza as oportunidades e o ROI (retorno sobre os investimentos). O salário está entre R$ 4 mil e R$ 20 mil.

3.4 Arquitetura de dados

O profissional projeta e estrutura grupos de dados e de informações de uma empresa, contribuindo para a redução de custos de armazenamento, facilitando a administração e melhorando o uso da informação. O salário varia entre R$ 6 mil e R$ 28 mil.

3.5 Gestão de TI

O profissional que atua na área de gestão em TI deve gerar valor ao negócio por meio de tecnologia, envolvendo administração e infraestrutura, com a finalidade principal de deixar a organização mais atuante, mais competitiva e sustentável.

O gestor de TI deve: definir os sistemas e serviços que serão usados na gestão empresarial; monitorar os sistemas de informação; planejar os sistemas de informação, analisando o nível de segurança e de qualidade; trabalhar na implementação, operação e manutenção de softwares; gerenciar núcleos e centros de TI; implantar e documentar atividades diárias; administrar os recursos humanos da gestão de Tecnologia da Informação; identificar e resolver problemas de rede e de sistema; definir estratégias para melhorar o desempenho dos setores com o apoio da informática.

O salário de um profissional que escolher a carreira de gestor de TI terá um salário aproximado entre R$ 9 mil e R$ 17 mil.

4. Buscando a formação adequada para a área de TI?

Para seguir a carreira em TI, você pode e deve se preparar de diferentes formas. A formação acadêmica lançará as bases para o desenvolvimento do profissional no mercado de trabalho, oferecendo os principais conhecimentos e estimulando suas habilidades. Também é importante participar de eventos como workshops, palestras, seminários, cursos online, cursos de especialização.

Os cursos tradicionais de graduação duram, em média, de 4 a 5 anos e são focados em uma formação acadêmica. Existem também os cursos tecnólogos, que focam mais no mercado de trabalho e são mais curtos, com 2 a 3 anos de duração; nesse caso, o estudante recebe o título de tecnólogo e não bacharel. Há ainda os cursos livres na modalidade presencial, semipresencial, EAD, que não oferecem diploma, mas disponibilizam conhecimentos específicos.

4.1 Pós-graduação

A pós-graduação em TI é uma oportunidade para o profissional se especializar em determinada área. Também é possível fazer a pós na modalidade online ou semipresencial, recebendo certificação reconhecida pelo MEC no final do curso. Há diferentes opções nesse sentido: Análise de Sistemas, Business Intelligence, Banco de Dados, Desenvolvimento de Jogos Digitais, Design Instrucional, Gerenciamento de Projetos (TI), MBA em Big Data, Governança em TI, Sistemas de Informação, Segurança de Redes de Computadores e muitas outras.

Para escolher a melhor pós-graduação EAD e a melhor instituição para qualquer formação em Tecnologia da Informação, convém analisar a reputação da instituição de ensino, se os cursos têm reconhecimento do MEC (o que garante a validade do diploma em todo o Brasil), se ela traz a infraestrutura necessária para oferecer ensino de qualidade (no caso de ensino EAD, é importante conferir a biblioteca digital e outros recursos que podem ser oferecidos online).

Antes de tudo, você deve pensar em longo prazo. Não pense forma imediatista, pois tudo leva algum tempo e o mercado de TI continuará crescendo, exigindo habilidades de programação, banco de dados e sistemas. Nunca deixe de estudar, pesquise sempre o mercado de TI e as melhores instituições de ensino para garantir que obterá os melhores resultados.

5. O perfil do profissional de TI 

Finalmente, vamos tratar do perfil do profissional que segue carreira em TI. A formação acadêmica, a pós-graduação e outros cursos ajudarão a desenvolver algumas habilidades, as quais você deverá aprimorar durante toda a sua vida, na prática de seu trabalho. Podemos citar algumas habilidades que formam o perfil de um bom profissional de Tecnologia da Informação:

  1. Liderança: o gestor deve saber conduzir eficazmente sua equipe de modo que ela alcance as metas e os objetivos do negócio;
  2. Gestão do tempo: é importante aumentar a produtividade, acelerando as atividades e conseguindo bons resultados em menos tempo (produção enxuta);
  3. Resolução de problemas: o profissional deve estar preparado para solucionar diferentes problemas que ocorram no setor sem a necessidade de ficar recorrendo frequentemente aos seus superiores;
  4. Proatividade: além de solucionar problemas, o profissional deve ser capaz de antecipá-los e adotar ações preventivas, bem como deve estar apto a identificar boas oportunidades dentro e fora da empresa, como a possibilidade de utilizar um novo equipamento lançado no mercado ou inovar a metodologia de trabalho;
  5. Domínio do Inglês: muitos conceitos de Tecnologia da Informação, serviços e produtos são nomeados em inglês e a necessidade de manter conversação e ler textos em outros idiomas cresce cada vez mais;
  6. Capacidade de trabalhar em equipe: é fundamental saber convier em grupo, agindo com flexibilidade, aceitando as limitações próprias e dos outros, compartilhando conhecimentos, delegando tarefas quando necessário, tomando decisões e sanando problemas em conjunto;
  7. Comunicação eficaz: certos termos técnicos podem dificultar a comunicação com pessoas que não trabalham no setor, ou seja, é importante falar de forma que todos compreendam o que está acontecendo (além disso, a comunicação é importante entre colegas de trabalho para os serviços sejam bem efetuados, evitando interrupções e ambiguidades);
  8. Concentração: no setor de TI, como em qualquer outro, a concentração é fundamental para não cometer erros, evitar retrabalhos e melhorar o nível de produtividade;
  9. Autodidatismo: atualmente, é ainda mais importante que o profissional esteja aberto ao conhecimento, leia mais, tome a iniciativa de aprender por conta própria (os autodidatas conseguem se destacar na multidão).

Comece sua carreira em TI

Procuramos mostrar neste guia as vantagens de seguir carreira em Tecnologia da Informação e como fazer isso com sucesso. O mercado de trabalho oferece muitas oportunidades nessa área, mas é preciso saber identificá-las e preparar-se por meio de uma formação acadêmica apropriada e de especializações (como a pós-graduação) que complementem seus conhecimentos e sirvam para otimizar suas experiências de trabalho.

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