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#SextouUniBF em homenagem ao Teatro Nacional

18 de setembro de 2020

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Neste sábado, dia 19 de setembro, comemoramos o Dia Nacional do Teatro! E hoje construímos um conteúdo para homenagear este tema!

A 5° arte surgiu no Brasil há bastante tempo, e até hoje temos muitos exemplos de atores, atrizes e espetáculos que são referência!

Vamos te contar algumas informações e dar algumas dicas sobre o Teatro, para que você conheça um pouco mais dessa arte e se apaixone com a realidade dos palcos, figurinos, roteiros, cenários, personagens e muitas, mas muitas histórias mesmo!

Vem com a gente!

Curiosidades Curiosas para os Curiosos de Plantão

Você sabia que o teatro brasileiro surgiu da união entre a cultura indígena e a cultura portuguesa?

Quando o Brasil era uma colônia, os chamados jesuítas - padres que catequizavam os nativos - trouxeram diferentes tipos de artes para o Brasil, como a literatura e o teatro. Todavia, por conta da missão atribuída a esse grupo de padres, as peças eram puramente religiosas, e serviam didaticamente, como uma forma de se comunicar com os índios e fazê-los entender a pregação católica.

Entretanto, como os indígenas também já possuíam sua produção cultural e artística - aliás, muito linda e rica, elas foram se moldando, acrescentando e aos poucos se tornando o que observamos nos dias de hoje.

Apesar de ser uma novidade naquela época, o teatro se apropriou de muitos rituais da cultura nativa, e da forma de narração e estrutura das peças europeias.

Todavia, a 5° arte só se consolidou em meados do século XIX, no período da arte que intitulamos de Romantismo.

O Romantismo e o Teatro

Um dos grandes nomes - e inclusive, responsável pela popularização do teatro - foi o dramaturgo Martins Pena, o teatrólogo carioca que se tornou conhecido por conta de suas comédias de costume.

Durante o Romantismo, a principal característica do teatro era a representação da realidade, isto é, dos costumes. Por isso, as histórias giravam em torno do cotidiano da sociedade da época, e eram representadas com muito humor.

Martins tornou as peças conhecidas e cada vez mais frequentes, em especial em eventos e os tão populares bailes do século dezenove.

Dentre as suas peças mais comentadas, estão:

Pena conquistou a cadeira número 29 na Academia Brasileira de Letras.

Luz, Câmera, Ação!

Se o Martins Pena já te despertou uma vontade de assistir a uma peça de teatro brasileira, espere só até ver a nossa recomendação cinematográfica da semana!

Originalmente uma peça para o Teatro, essa obra foi adaptada para o cinema também, e como esperado, conquistou o coração de muitos brasileiros:

Lisbela e o Prisioneiro (2003)

O filme dirigido por Guel Arraes e protagonizado por Selton Mello e Débora Falabella, foi inspirado e adaptado segundo a peça original, escrita por Osman Lins, em 1964.

Tanto a peça quanto o filme abordam a história de Lisbela, uma menina apaixonada por cinema e com um sonho: conhecer os galãs dos tantos filmes que aprecia.

Leléu, por sua vez, é um rapaz bastante malandro e galanteador, que entra na vida da mocinha por acaso. Todavia, como era a tradicional Pernambuco do século XX, há vários conflitos familiares entre os nordestinos, e Leléu está envolvido em vários deles!

O filme é dirigido de uma forma bastante divertida - já que a peça é originalmente uma comédia regional e de costume - e é ideal para quem deseja soltar uma boas gargalhadas!

Osman Lins, o grande criador por trás de toda a história de Lisbela e Leléu, diria exatamente como foi essa história de amor: “Essas coisas, essas valentias, essas espertezas, esses saltos, nunca acontecem na vida.” O que aconteceu, no fim, foi a força e a magia deixadas pelo Teatro.

Versos e Ensaios

Embora você tenha acabado de ler nossa pequena descrição sobre o surgimento do teatro nacional, certamente há muitas outras informações e curiosidades para você descobrir sobre essa história incrível!

Por isso, nossa leitura recomendada é um livro bastante didático e bem moderno, que traz uma visão geral e bem completa sobre o teatro brasileiro.

Panorama do Teatro Brasileiro (Sábato Magaldi)

O livro, escrito em 1997 pelo mineiro Sábato Magaldi, trata de uma forma bastante completa acerca do cenário e da construção cultural referente ao teatro no Brasil.

Sábato não foi somente escritor, mas também teatrólogo, crítico teatral, jornalista, professor historiador e ensaísta. Portanto, se há alguém com propriedade suficiente para discorrer sobre o nosso teatro, Magaldi é a pessoa certa!

O livro explana os diversos fatos da história que marcaram a evolução do teatro brasileiro, muitos deles desconhecidos pela população, ou até mesmo desprezados. Por meio da leitura, há um reconhecimento e valorização dessa arte em nosso território, que realmente foi - e continua sendo - muito rica.

Se você deseja olhar pela perspectiva de um teatrólogo, viajar na perspectiva que cada ator tem no palco, e os mínimos detalhes de cada fala redigida, essa é uma boa leitura!

Entra no Ritmo!

Para finalizar as nossas sugestões de hoje, você com certeza deve ter em mente que um dos componentes diferenciados - e que em nossa opinião, embeleza ainda mais as peças teatrais - é a música!

Em nossa sessão música da semana, vamos resgatar a nossa sugestão cinematográfica, e apresentarmos a vocês a trilha sonora da fabulosa peça: Lisbela e o Prisioneiro.

Liga a caixa de som em volume máximo - ou coloca os fones de ouvido, simplesmente - e viaje no mundo de Osman Lins por meio da música!

Lisbela (Los Hermanos)

A música, escrita e interpretada pela brasileiríssima banda de rock alternativo, mostra o ponto de vista de Lisbela por meio da letra:

Eu quero um beijo de cinema americano

Fechar os olhos fugir do perigo

Matar bandido, prender ladrão

A minha vida vai virar novela

Eu quero amor, eu quero amar”

A música é geralmente interpretada durante os espetáculos teatrais, e configura algo que todos os amantes de arte devem ter em mente: A trilha sonora traz uma vida ainda mais bela a qualquer narrativa!

Para apreciar a canção, deixaremos o link aqui!

Finalizando por aqui, temos a plena certeza de que o teatro brasileiro agora possui uma admiração ainda maior por sua parte, não é mesmo? Deixamos o nosso “parabéns” ao teatro nacional, por seu dia!

Para finalizar, lembre-se que:

Se Martins Pena estivesse aqui, ele diria que…

“Como, portanto, ocupar o tempo dos intervalos senão com a fantasia?”. A fantasia do teatro é certamente encantadora!